Onde e o que Comer em Lisboa

Portugal - comer bem

Turismo gastronômico é uma parte muito grande do meu lazer. E quando se trata de Portugal não tem como não se acabar de comer até passar vergonha. Mas pra caber no meu estilo de viagem eu preciso sempre encontrar aqueles cantos secretos com comida boa e barata.

Eu tive a oportunidade de ir pra Lisboa algumas vezes, seja por viagem por conta própria, eventos da empresa ou escala de voo da TAP, consegui passear e explorar essa cidade de diversas maneiras. Na maioria das vezes fui sozinha e assim era mais fácil de descobrir e arriscar uns lugares diferentes, afinal, se errar desse jeito só uma pessoa fica desapontada. Mas exatamente por ter ido em vários lugares sozinha e ter acertado muito (e errado outro tanto), fiquei com vontade de compartilhar meus conhecimentos e dicas. Lisboa é uma cidade muito turística e tem muito lugar pega-trouxa que parece uma boa e no fim você quer sair correndo. Por isso é sempre uma boa ter uma lista de lugares confiáveis para ir para aquele dia que você quer comer sem estresse! Ah, e só pra vocês sentirem o grau do amor que eu tive pelos lugares, nenhum deles pagou ou deu desconto para que eu comesse lá e avaliasse depois! É tudo do fundo do coração mesmo.

Bacalhau à Brás

O Bacalhau à Brás. Foto: Di Xavier

Aí está um prato fácil de encontrar mas que tem seus segredos! O Bacalhau à Brás é um bacalhau desfiado com cebola e batata palha, por cima tem umas azeitonas e um gosto dos Deuses. É um clássico que não dá pra ficar sem e eu sempre repetia. Não tem como errar, se não sabe o que comer em Lisboa, a primeira pedida tem que ser essa. Eu comi em vários lugares e em Portugal inteira, cada um tem seu tempero. Mas em Lisboa eu recomendo o da Cervejaria do Bairro e da Marisqueria M (são meio juntos, não sei bem como) no Bairro Alto, onde eu estava hospedada na última viagem. Comi também no Alpendre e foi muito gostoso, então se estiver perto da Sé dá pra ir lá também!

Onde experimentei:
Cervejaria do Bairro: R. do Norte 86, Lisboa.
Alpendre: R. Augusto Rosa 34, Lisboa.


Bacalhau com Natas

Bacalhau com Natas
Bacalhau com Natas do Castro

 

Agora, se tem um prato que me faz atravessar (literalmente) Lisboa inteira é o Bacalhau com Natas. Essa versão do bacalhau é um pouco mais difícil de achar. Eu tive muita sorte que, passeando perto da Pink Street, no último dia de viagem, já com a minha mala e tudo mais e morrendo de fome, parei na pastelaria do Zé Tó (uma padaria/tasca/bar) com horas contadas pra ir pro aeroporto e pedi esse prato às cegas. Não só é maravilhoso como nesse bar/restaurante que eu fui era enorme e barato! Em 2017 eu paguei 6€ no prato de bacalhau com natas que dava pra duas pessoas! E a tulipa de cerveja era 1€! O prato é na verdade simples, é um bacalhau com batata e creme gratinado mas pra todos que eu apresentei, conquistou o coração.

No ano seguinte mudei o bairro que fiquei e experimentei o melhor bacalhau com natas da minha vida. Lá no Bairro Alto, no Restaurante Castro eles servem várias coisas, mas esse prato é tão bom que sempre que eu tenho um vôo com escala em Lisboa eu pego meu metrozinho do aeroporto e vou lá só pra almoçar. Esse ano fiz isso de novo e não me arrependo nunca! Além do prato maravilhoso e atendimento mais que gentil, eles têm um vinho verde que eu não acho em lugar algum! Paguei 9,90€ no prato lá, é mais gourmetizado do que o Zé Tó mas o sabor vale o preço.

É meio raro achar esse prato, sempre pergunte antes. Eu não achava mais o bar do Zé Tó porque na porta está escrito Pastelaria Pérola de São Paulo, e procurei por dias em outros restaurantes, fui pra todo canto até achar o do Castro. O bom é que nessa busca encontrei muitos outros pratos que amei e lugares ótimos pra recomendar.

Ah, e o bar do Zé Tó é um ótimo canto pra tomar uma cerveja à noite sem ter que encarar as multidões da Pink Street ou da Bica. É um canto que só tem portugueses e bem no estilo que eles gostam, se quer um boteco autêntico é esse.

Onde experimentei:
Bar do Zé Tó / Pastelaria Pérola de São Paulo: Rua de S. Paulo 58, Lisboa.
Restaurante Castro: R. das Gáveas 80, Lisboa.


Pastel de Nata

O famoso Pastel de Belém

Sim, o melhor e mais famoso é do Belém. E apesar de cheio e atendimento meio impessoal, é um ponto turístico e todos deveriam fazer uma pausa e comer um Pastel de Belém. Mas se Belém fica muito longe para você, não se preocupe, existe um equivalente tão gostoso quanto e muito amado pelos portugueses: A Manteigaria.

Eles vendem o pastel de nata a 1€ a unidade e fazem embalagens para levar. Nessa última parada em Lisboa que eu fiz, logicamente que antes de almoçar no Castro fui na Manteigaria e comprei 2 pastéis de nata e um espresso pra comer na hora e 4 pra levar no avião e achei pouco. Parece exagero mas não é! Agora mesmo enquanto eu escrevo esse texto eu estou salivando pensando nesse maldito pastel.

É bom demais, gente. Comam por mim. Eles fazem praticamente na hora porque a saída é enorme. Você consegue ver as fadas e os fados que fazem essa delícia cozinhando bem na sua frente, o pastel vem quentinho, você coloca uma canelinha em cima e vrau! (Cuidado, gruda no dente e você sai sorrindo com um pedação preto de pastel de nata sem perceber).

Um fado fazendo Pastel de Nata na Manteigaria

O melhor de tudo é que agora a Manteigaria tem em dois locais: No Baixa-Chiado e no Cais de Sodré. Quando compro no Baixa-Chiado eu fico vendo os artistas de rua na praça e quando compro no Cais de Sodré vejo o Tejo maravilhoso e tomo um solzinho. Ai que rica ela.  

Onde experimentei:
A Manteigaria no Cais de Sodré: Av. 24 de Julho 49, Lisboa.
A Manteigaria no Baixa-Chiado: Rua do Loreto 2, Lisboa.
Pastéis de Belém: R. de Belém 84-92, Lisboa.


Pastel de Bacalhau

Pastel de Bacalhau como prato principal

Clássico dos clássicos e mais fácil de achar em Lisboa que azulejo pintado de azul. Eu acho que todo português nasce com a habilidade de fazer esse pastel de bacalhau porque não comi nenhum ruim. E olha que comprei em todo lugar, restaurantes, nos quiosques de shopping, dentro de metrô, descendo a Bica…

E um que eu achei divino, pasmem, foi um quiosque no ponto de metrô perto do Shopping Vasco da Gama. Não vou saber dizer como chegar, comprei na correria atrasada pra um evento, mas vendia também um rissoles de camarão divino. Uma baiana que nos atendeu. Fica bem perto das escadas saindo para o lado da MEO Arena. (é o máximo de localização que posso dar, desculpem)

Mas se não acharem esse, praticamente qualquer tasca e pastelaria serve. A dica é ver se tem bastante lisbonense dentro, de preferência de meia-idade, com cara de quem não come qualquer pastel de bacalhau não.

Onde experimentei:
Em um quiosque de meio de caminho na saída/entrada da estação de metrô Oriente (desculpa!)

E em todos os outros bares, restaurantes, pastelarias e tascas de Lisboa.


Bitoque

É mais gostoso do que bonito na verdade. Foto: Carol Volante

E por falar no Shopping Vasco da Gama, há ali um segredo bem guardado dos lisbonenses mas que um querido amigo me mostrou: Talho do Mercado. É um restaurante de canto, despretensioso no Shopping mas que vende o melhor Bitoque que já comi. Ou como eu chamava por incapacidade de memorizar o nome: bitoca, bituca, botoque, butuca.

Ele é um prato do dia-a-dia dos portugueses e não tem glamour nenhum: um prato de batatas chips, carne, ovo e um molho secreto que cada um tem o seu. E é esse molho que faz o Bitoque do Talho do Mercado especial. Ele é tão bom, mas tão bom, que eu deixei de comer sushi, paguei uma passagem de metrô a mais só pra comer mais um Bitoquinho antes de ir embora do país.

É sério, não sei explicar por que é tão gostoso, só sei que é.

Onde experimentei:
Talho do Mercado: Av. Dom João II Lisboa (Shopping Vasco da Gama).


Polvo à Lagareiro

Polvo à Lagareiro do Alpendre, vem um monte

Eu sou apaixonada por polvo e não me conformava em sair de Lisboa sem comer um. Ora pois, saí duas vezes sem esse desejo realizado. Eis que na terceira vez consigo. Passei perto da Sé com uma amiga no caminho pra um evento que tínhamos que ir e morrendo de fome. Ela estava doente e não tivemos muita energia de pesquisar algo no foursquare ou google. Acabamos entrando numa portinha que tinha cara de honesta.

Eu adoro quando acerto assim sem querer: no Alpendre, bem no pé da Sé, um lugar que você imagina que só vai ter turista, na realidade só tem locais. E tinha de tudo nesse cardápio, incluindo o meu tão desejado Polvo à Lagareiro! É um prato, como tudo na culinária portuguesa, simples mas muito saboroso. É polvo assado, coberto em azeite e alho e servido com batatas assadas “ao murro”, aquelas que vem amassadas e parece que o chef descarregou a raiva de uma vida nelas.

De-li-ci-o-so.

Depois desse eu encontrei na vez que fiquei no Bairro Alto um Polvo à Lagareiro também muito gostoso na Cervejaria do Bairro, comi regado a muito clericot, risadas e amizade com todos os garçons e garçonetes.

Curiosidade que eu não sabia: o polvo é um prato muito importante na culinária portuguesa, sendo até prato de Natal. Acho que já sei onde vou passar o meu próximo Natal. hahahaha

Onde experimentei:
Cervejaria do Bairro: R. do Norte 86, Lisboa.
Alpendre: R. Augusto Rosa 34, Lisboa.


Picanha na Pedra

A picanha esperando ir pra pedra

Esse prato eu me apaixonei demais porque não tem picanha na Alemanha! Aliás, não tem carne bovina de qualidade e eu amo um churrasco! Com essa ambientação, imaginem a minha felicidade de ver 4 filés de picanha empilhados na minha frente? Esse rolê merece uma historinha, então vamos lá!

Estava eu sozinha à noite procurando meu bacalhau com natas por Lisboa, perto da Praça Luis de Camões, quando passei por uma porta que bem na hora abriu, do meu lado! Vi várias pessoas que estavam do lado de fora entrarem quase correndo e quando eu vi, fui arrastada pra dentro. Sim… foi assim que eu conheci o restaurante Cabaças. Perguntei o que eles serviam, o garçom brasileiro riu pela minha cara de perdida e sortuda, e contou que eram famosos pelos cortes de carne bovina, principalmente a picanha.

Ora ora, não precisou dizer mais nada! Em minutos estava eu sentada, com minha jarra de vinho (eles não vendiam taça!) sozinha esperando a minha picanha. E é um prato interessantíssimo. Vem uma pedra super quente, uns potinhos com sal grosso, mostarda, maionese (pra gringo) e sei lá mais o que, uma batatas fritas e 4 filés de picanha crua sem tempero. A sua missão é jogar sal na picanha, jogar ela na pedra, virar e esperar dar o ponto que você gosta pra jogar no prato e comer.

Pra mim foi fácil, mas vi alemães e japoneses se baterem muito com a arte. Eu confesso que deixa tudo mais divertido mas numa mesa muito apertada pode ser complicado. O lugar é beeeem pequeno e normalmente as pessoas esperam até 1h pra pegar uma mesa. Não sei se aceitam reservas. As mesas são inclusive compartilhadas e eu nunca vi o lugar esvaziar.

As três vezes que fui lá no Cabaças consegui entrar sem muito sofrimento, mas sempre fui cedo, ou no caso da primeira vez, entrei arrastada pela multidão. Então acho melhor ligar pra ter certeza como é o esquema numa experiência normal.

Onde experimentei:
Cabaças: R. das Gáveas 8, Lisboa.


Vinho Verde

Refrescância em forma da álcool, como pode?

Ok, não é comida mas lembra que eu falei que sou apaixonada pelo vinho verde que vendem no restaurante Castro? Pois é, aquele vinho eu não acho em lugar nenhum, nem em mercado. É o Encostas do Minho, verde e levemente frisante. É a melhor bebida alcóolica que já tomei. Mas se não achar esse ou não for no Castro, pode experimentar qualquer vinho verde (gelado) que você será feliz.

Onde experimentei:
Restaurante Castro: R. das Gáveas 80, Lisboa.


Sangria e Clericot

Nham, clericot de vinho rosé

Já que falei do vinho verde, não posso deixar de contar que na Cervejaria do Bairro tem uma Sangria e um Clericot muito bons, e eles fazem na sua frente se você estiver no bar. Eu tomei em outros lugares no Bairro Alto mas confesso que o que me marcou foi o de lá. E eles tinham um segredo na mistura que me contaram mas eu fiquei meio bêbada e não lembro mais, desculpem! Hahahaha

Onde experimentei:
Cervejaria do Bairro: R. do Norte 86, Lisboa.
E em muitos outros bares do Bairro Alto!

O bom de ficar em regiões como o Baixa-Chiado e Bairro Alto é que a gastronomia e vida noturna está pra todo lado. Por isso experimentei tanta coisa boa!


Ginja de Óbidos

Ginjinha de Óbidos, linda!

Ok, último tópico alcoólico antes de voltar a falar de comidas! Ginja de Óbidos é um licor de cereja servido num copinho de chocolate que você come depois de beber e, logicamente, é típica de Óbidos, onde experimentei pela primeira vez. Em todos os outros lugares que eu experimentei achei que deixaram a desejar. Mas na barraca da Ginja de Óbidos perto do Cais de Sodré (do lado da Manteigaria) tem uma maravilhosa, com copinho de chocolate e tudo. Eu acho que dá pra entrar nele pelo Mercado da Ribeira também (assim como a Manteigaria) mas não tentei.

Se não for pra Óbidos, vale a pena experimentar ali. E se já foi pra Óbidos e ficou com saudades da Ginjinha, vale a pena também.

Onde experimentei:
Ginja de Óbidos no Cais de Sodré: Av. 24 de Julho 50, Lisboa.
Em Óbidos mesmo!


Francesinha

Queijo até seu fígado protestar. Foto: Wikipedia

De volta às comidas. Tem alguns pratos que são típicos do Porto e há uma richa grande entre as cidades sobre quem faz o melhor isso ou aquilo. No caso da Francesinha não há dúvidas que a melhor que eu comi foi em Porto, mas mesmo assim na Cervejaria do Bairro (era do lado do meu airbnb, juro que é por isso que fui lá 20x) é bem boa. Ouvi dizer que a do Dom Tacho vale a pena e a do Marco é teoricamente a melhor de Lisboa, mas não fui nas regiões pra provar (é longe).

Mas se você vai dar uma passada em Porto, sugiro deixar pra experimentar no local onde ela foi criada: A Regaleira. Além de deliciosa tem um quê histórico muito legal.

A Francesinha é uma versão portuguesa e rebelde do Croque Monsieur francês: sanduíche de queijo e fiambre, com quantidades obscenas de queijo e em várias camadas de recheio, tudo isso coberto com molho e um ovão. Parece estranho mas é bem delicioso. É parte da cultura portuguesa e não pode deixar de experimentar.

Onde experimentei:
Cervejaria do Bairro: R. do Norte 86, Lisboa.
A Regaleira:R. do Bonjardim 87, Porto.

Onde ouvi dizer que é bom também:
Dom Tacho: Lisboa, R. David de Sousa 19A, Lisboa.
Marco: Largo Santos 14D, Lisboa.

Não deixe de experimentar a original em Porto!


Bifana

Bifana: ela não é nem um pouco fotogênica. Foto: Wikipedia

Outro prato de Porto que tem em todo canto é a Bifana. Um sanduíche com muito, mas muito recheio. Dentro de um pão quentinho eles colocam vários bifes de carne de porco cozidos ou fritos à base de alho, vinho e especiarias. Às vezes tem queijo e presunto dentro, salada, mas o clássico é só a carne. É um salvador da pátria esfomeada, sem dinheiro, salve, salve.

Basicamente quase todas as tascas terão uma Bifana maravilhosa mas em Lisboa você pode apostar nas Bifanas do Afonso (perto do Castelo de São Jorge), que vende a 2€ o pão, na Beira Gare no Cais de Sodré por 2,50€ e do Triângulo da Ribeira, 1,80€, perto do Mercado da Ribeira.

Se for pra Porto, não deixe de experimentar a original no Conga! É lotado de turistas mas tem um sei lá o que de especial. Diz a lenda que é local original da Bifana e se tá na internet eu acredito. Se perguntar por lá vão dizer a mesma coisa de qualquer jeito.

O bom da bifana é que é uma refeição no pão e muitíssimo barata. Ela é típica, o que não vai te doer na consciência de trocar um bacalhau por um sanduíche, e ainda ela barateia demais a sua viagem. Dá pra comer rapidinho uma com um suco de laranja ou cerveja, em pé mesmo na tasca, e partir pro resto do passeio. Economiza dinheiro e tempo!

Onde experimentei:
As Bifanas do Afonso:Portugal, R. da Madalena 146, Lisboa.
Beira Gare: Praça Dom João da Câmara 4, Lisboa.
Triângulo da Ribeira: R. Ribeira Nova, Lisboa.
Restaurante Conga: R. do Bonjardim 314, Porto.

Não deixe de experimentar a original em Porto!


Cataplana de Bacalhau, Amêijoas e Camarão

Olha a cara linda desse prato!

Se você gosta de bom tempero, frutos do mar e uma cachaça de Cabo Verde, você deveria invejar uma noite totalmente despretensiosa que eu tive na minha primeira vez em Lisboa. Eu e minha família tivemos algumas experiências ruins pelos restaurantes da Rua Augusta, e estávamos cansados de levar golpe ou pagar caro. Resolvemos não ir longe e jantamos literalmente do lado do Airbnb que ficamos, na Alfama.

O restaurante Mesa Kreol é maravilhoso, é um restaurante africano e o atendimento é super gentil e cuidadoso, tem música ao vivo, ambiente aconchegante e ainda ganhamos umas doses de cachaça de brinde! Sério gente, atender a minha família não é fácil! São quatro (às vezes cinco) indecisos e esfomeados, e o garçom que nos atendeu teve a paciência de explicar todos os pratos, o que vinha, temperos, gosto, harmonizações… Não tenho como elogiar mais o atendimento.

E a comida… meu Deus do Céu! Cada prato melhor que o outro! O prato que eu estou fazendo propaganda aqui na verdade quem pediu foi a minha irmã e eu roubei uns camarões e amêijoas dela. Eu, com a minha saudade do Brasil, pedi um prato africano que lembra muito a moqueca (que também estava divino) e ela a Cataplana. Se só comendo uns pedaços eu nunca mais esqueci do gosto, imagina se comer um inteiro?

Pra ser sincera, eu não lembro como estava o nome do prato no menu, então se for pedir, mostre a foto pra ter certeza!

O Mesa Kreol é realmente um achado, pois não fica na rota turística e é meio sozinho nessa área da Alfama, por isso, vale a pena aproveitar um dia na região da Praça do Comércio e da Sé pra jantar lá. E se procura frutos do mar bem preparados e frescos, é o local. Na área mais turística só quebramos a cara!

Onde experimentei:
Mesa Kreol: Arco Portas do Mar 9, Lisboa.


Sardinhas na Brasa

Elas não estão muito felizes mas estavam uma delícia

Se quer comer peixe mas cansou ou não gosta de bacalhau, vá sem medo e peça Sardinhas na brasa/assadas. É  uma das comidas típicas de Portugal, um prato maravilhoso de sardinhas frescas defumadas, servidas normalmente com uma broa, salada ou legumes e muito azeite de oliva por cima. Ela é originaria da região do Porto então diz a lenda que lá você encontra as melhores sardinhas na brasa.

Mas na capital dá pra achar umas quase tão boas quanto, como no restaurante Alpendre perto da Sé, o mesmo do polvo à lagareiro. Eu honestamente acho que, assim como o pastel de bacalhau, a sardinha na brasa já vem no DNA do português e todos sabem fazer ela maravilhosamente, afinal, desde o século XVI que esse prato está nas mesas portuguesas!

É um prato simples que eu dei pouco crédito quando pedi mas adorei! É leve e saboroso além de ser uma opção barata de peixe, fato importante para estudantes viajantes.

Onde experimentei:
Alpendre: R. Augusto Rosa 34, Lisboa.


Sushi – all you can eat

Pra quem quer comer sushi até desabotoar a calça

Pra turista que veio do Brasil essa não faz muito sentido, mas se você mora fora do Brasil e assim como eu não acha sushi bom e em conta, em Lisboa tem! O melhor que eu encontrei foi o Kiku, perto do Arco da Augusta, que saiu 14€ por pessoa no all you can eat e era muito bom. Estou acostumada a comer sushi em Curitiba e São Paulo que são cidades que tem muitos restaurantes genuinamente japoneses, e o Kiku estava no mesmo nível. Recomendo demais e quero voltar!

Se estiver na região do Parque das Nações, tem o Sushisan Expo que fui duas vezes, da primeira vez era bem honesto e clássico, com um atendimento tão legal que nunca esqueci além de sair uma bola de lá de tanto comer. Mas na segunda vez eles gourmetizaram e serviam uns sushis experimentais que, apesar de bons, não agradaram muito a minha amiga que foi comigo. Eu gosto de umas cozinhas menos clássicas uma vez ou outra mas no caso estávamos loucas por sushi tradicional. Se você gosta desses experimentos, a qualidade e o sabor são maravilhosos.

(Depois quando fui pro Brasil no fim do mesmo ano descobri que essa onda de Sushi experimental tinha chegado na terra brasilis também, então eu perdoei o restaurante).

O sushi gourmetizado, bem bom mas diferentão

Onde experimentei:
KIKU: Rua da Conceição 111, Lisboa.
Sushisan Expo: Alameda dos Oceanos 4.43.01 loja 14, Lisboa.


Churrasco Gaúcho – all you can eat

Me senti no Brasil! Olha o palmito ali!

Outra dica pra brasileiro expatriado: Churrasco Gaúcho all you can eat em Cascais você acha no restaurante Fogo de Chão. Não é bem Lisboa mas eu precisava mencionar. Assim como no Sushisan Expo, eu saí rolando, morri mas passo bem. A carne era a típica brasileira, o ponto certo, sal certo e além de tudo, me ouviram choramingar que não tinha palmito no buffet e trouxeram um prato pra gente de cortesia!

Dá pra escolher entre 4 opções de preço: só o buffet, buffet mais carnes sem picanha, buffet com carnes e picanha, só picanha. Eu fui no que tinha carnes e picanha, era mais caro mas não me arrependo nem um pouco! Chegamos assim que abriu (estávamos fazendo hora no pub na frente) e estava vazio. O garçom perguntou onde queríamos sentar e eu bem princesinha falei que queria sentar onde a carne passava primeiro. hahahahaha

Obviamente, ficamos amigas de todos os garçons, rolaram várias piadas e comemos até dar prejuízo. O que mais me encanta em Portugal é que eu me sinto em casa! Faz muita diferença quando você mora num país fechado como a Alemanha. Estando tão longe do Brasil, ter esse pedaço de pátria mais perto me dá um alento incrível.

Onde experimentei:
Restaurante Fogo de Chão: R. Carlos Ribeiro 50, Cascais.

É isso, minha gente. Minhas dicas de onde e o que comer em Lisboa e arredores. Espero que possa ajudar vocês a ter experiências gastronômicas maravilhosas como eu tive. Se tiverem perguntas, outras dicas ou se visitarem os lugares coloquem nos comentários! Adoro quando rola essas conversas!

E se gostou dos restaurantes, conta que encontraram aqui no blog, vai que eles lembram de mim? 🙂

Agora deixa eu ir comer que me deu muita fome fazer esse post!

Lisboa onde e o que comer
Lisboa onde e o que comer

🙂


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e muito mais...

Dicas de onde comer bem e barato em Lisboa é aqui!  🙂

Foto de capa: Maria Eugênia

Os valores e informações são de Março/2019.

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8 comments

  1. Eu ainda acho que as tasca sem muito nome de come bem e barato. Se for só Porto, evite comer na Ribeira ou no Majestic , tudo é muito mais caro, pois é área turística. Mais nos aliados, tem bons restaurante e não são caros.

    1. Também concordo! Em Portugal, as tascas pequenas tem uma aura e comida especiais. Sempre verifico se no restaurante há mais locais que turistas pra saber se o lugar é bom e essa técnica nunca falhou!

  2. Amei as dicas, mês que vem estou indo para Lisboa…. com certeza vou tentar experimentar essas dicas maravilhosas e mencionar a Fonte de informação??

    1. Que bom que gostou! 🙂
      Espero que aproveite muito e volte com ótimas lembranças e uns quilos a mais hahahaha

  3. Simplesmente excelente! Adorei as dicas e os textos explicativos. Parabéns. Vou indicar para amigos que estão planejando visitar Portugal.

    1. Obrigada, Claudia! Adoro quando me contam que gostaram dos meus textos, dá uma motivação a mais para continuar criando conteúdo e compartilhando essas experiências! 🙂

  4. Que post sensacional! Nem sei quando voltarei a Lisboa, mas sem dúvidas irei usar muitas das suas dicas! Você tem uma escrita agradável e suas informações são muito completas, amei. Agora vou ler os outros posts, obrigada novamente pela maravilhosa leitura!!

    1. Que maravilha ler seu comentário, Cláudia! Muito obrigada pelo apoio, sempre tento escrever aqui as dicas que não achei na internet antes de viajar, e também o mais honesto possível, incluindo o que deu certo e errado. Aí acaba saindo umas coisas engraçadas hehehe! 🙂

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