Schönbrunn é um dos monumentos arquitetônicos mais importantes da Áustria. É visita obrigatória para que está turistando na cidade.
De todas as atrações turísticas de Viena, o Palácio de Schönbrunn é o mais procurado pelos turistas, por isso resolvermos visitá-lo já no primeiro dia. Embora tenhamos lido relatos de filas imensas, quando chegamos ao Palácio a fila para a compra dos tickets praticamente não existia. Achamos ótimo, visto ser um domingo do mês de agosto, quando na Europa é período de férias escolares. Compramos o Sisi Ticket que era o mais interessante para nós.
Um pouco da história do Schönbrunn e da família Habsburgo
Construído inicialmente como residência para a imperatriz Leonor Gonzaga, o Palácio de Schönbrunn foi seriamente danificado em períodos posteriores, sendo reconstruído em sua forma atual somente em 1743, sob as ordens da imperatriz Maria Teresa da Áustria (Maria Teresa Valburga Amália Cristina da Áustria). Foi residência de verão da família Habsburgo até o final da Segunda Guerra Mundial.
Os sucessores de Maria Teresa também deixaram sua marca no Palácio, principalmente seu trineto, o imperador Francisco José, que reinou por 68 anos. Francisco José foi casado com Sisi, a imperatriz Isabel da Áustria, que se tornou uma lenda.
Com o final da monarquia em 1918, o Palácio de Schönbrunn passou a ser posse do governo da República da Áustria. Em 1996 ele passou a integrar a lista dos Patrimônios Culturais da UNESCO.
O Brasil tem uma ligação bastante próxima com a família Habsburgo e com o Palácio Schönbrunn. A imperatriz Leopoldina era Habsburgo-Lorena.
Maria Leopoldina (Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena) primeira esposa de D. Pedro I e Imperatriz Consorte do Império do Brasil passou sua infância no Palácio de Schönbrunn, até seu casamento com D. Pedro I em 1817, quando então veio para o Brasil.
A imperatriz Maria Teresa da Áustria era bisavó da imperatriz Maria Leopoldina do Brasil.
A visita ao interior do Palácio
Dos 1141 cômodos do Palácio de Schönburnn, 40 podem ser visitados no Grand Tour (o Sisi Ticket dá direito ao Grande Tour). O Imperial Tour é um pouco mais reduzido mas passa pelos principais salões do palácio. Logo na entrada, recebemos os áudio guides, tem em várias línguas, inclusive em português. Não é permitido fazer fotos dentro do palácio, o que acho uma pena pois as fotos facilitam as nossas lembranças.
A visita começa pela Sala da Guarda, este espaço era o posto da guarda pessoal do imperador Francisco José I. Segue pela sala e bilhar, escritório e quarto do imperador Francisco José I.
Seguimos a visita passando por diversos cômodos, todos muito bonitos, até chegarmos ao Salão dos Espelhos. Eu fiquei deslumbrada com este salão. Decorado em branco e dourado, no estilo rococó, era este salão que a imperatriz Maria Teresa utilizava para as festividades em família e foi nesta sala que em 1762, à frente da imperatriz, que teve o primeiro concerto de Mozart, quando ele contava com apenas 6 anos de idade. Seu pai, todo orgulhoso, escreveu que tendo terminado de tocar, “o pequeno Wolfgang saltou para o colo de sua Majestade, a abraçou pelo pescoço e a beijou impulsivamente”.
Continuando a visita, chegamos na Grande Galeria, um salão espetacular. Com mais de 40 metros de comprimento por aproximadamente 10 metros de largura, a Grande Galeria era utilizada pela família imperial para bailes, festas e jantares de gala. Antes da eletrificação do palácio em 1901, cada um dos grandes candelabros possuía 70 velas.
Quem lembra da valsa dançada neste salão no vídeo do concerto do André Rieu?
O parque e os jardins
Terminada nossa visita ao interior do Palácio, ainda sem almoçarmos, comemos um cachorro quente numa das banquinhas da área de alimentação e seguimos para conhecer o parque e os jardins. Ele é imenso, situa-a na parte de trás do Palácio e tem aproximadamente 1,2 km2 de área.
Os jardins franceses foram desenhados por Jean Tréhet no ano de 1695. O jardim é plano e termina na Fonte de Netuno. A fonte foi projetada na década de 1770 como parte do design dos jardins, encomendado pela Imperatriz Maria Teresa.
Observe que no centro do grupo de figuras está Netuno em uma carruagem em forma de concha, com seu tridente na mão. À esquerda dele está uma ninfa e à sua direita a deusa do mar, Tétis.
Gloriette
Após a fonte de Netuno há uma elevação e no seu topo encontra-se o Gloriette. Erguida no alto da colina, o Gloriette é uma arcada construída em 1775, a mando da Imperatriz Maria Teresa, como um memorial à Guerra Justa (a que conduz à paz). Como se alguma guerra fosse justa… 🙁
A colina do Gloriette fica cheia de gente curtindo a vida e tendo essa vista espetacular do Palácio. Fomos no verão e pegamos muitos dias bonitos. Este dia da visita ao Schönbrunn começou com garoa e frio, mas enquanto percorríamos a parte interna do Palácio, o tempo abriu e São Pedro nos presenteou com um dia maravilhoso.
Todo o parque é bem sinalizado com placas indicativas da localização de suas atrações. Do Gloriette seguimos pelo caminho à esquerda do mapa, até o Obelisco.
Fonte Obelisco
Erguido ao mesmo tempo e não muito longe da Ruína Romana, a Fonte do Obelisco foi planejada para completar o programa iconográfico do parque em Schönbrunn, como um símbolo de estabilidade e permanência. Assim como a Fonte de Netuno, a Fonte Obelisco também foi projetada por Johann Ferdinand Hetzendorf von Hohenberg.
Junto com o Gloriette e o Jardim Zoológico é um dos pontos focais mais importantes nos jardins de Schönbrunn.
Continuando o passeio pelo parque do Schönbrunn, chegamos às falsas Ruínas Romanas.
As falsas Ruínas Romanas
Originalmente conhecida como a Ruína de Cartago, a Ruína Romana é mais uma obra projetada pelo arquiteto Johann Ferdinand Hetzendorf von Hohenberg e erguido com uma característica arquitetônica inteiramente nova em 1778.
A Ruína Romana consiste em uma piscina retangular cercada por um enorme arco com paredes laterais, evocando a impressão de um antigo edifício que desmoronou lentamente no chão. Na piscina em frente à ruína há um arranjo aparentemente aleatório de fragmentos de pedra que sustentam um grupo de figuras representando os deuses dos rios Danúbio e Enns.
A moda das ruínas pitorescas que se difundiram com a ascensão do movimento romântico, logo após a metade do século XVIII simbolizava tanto o declínio das grandes potências como a preservação dos restos de um passado heroico.
Outras atrações
Além dessas atrações, o parque do Palácio de Schönbrunn conta com outras que nós não conhecemos, como o Jardim do Príncipe, Labirinto, Zoológico, Museu das Carruagens, Orangery, a Casa das Palmeiras e Jardim Botânico entre outros. Destes, eu lamento não ter conhecido Casa das Palmeiras e o Jardim Botânico.
O trenzinho
Fizemos todo o trajeto a pé, mas para quem achar que é muito pesado (com certeza é) há um trenzinho que leva os turistas aos principais pontos turísticos do parque.
Como chegar
O Palácio está localizado no Hietzing (13º distrito de Viena), fica um pouco afastado das demais atrações da cidade mas é muito fácil de chegar. Pegando o metrô U4 sentido Hütteldorf, desce na estação Schönbrunn e aí é só seguir o fluxo das pessoas. Sempre haverá um monte de gente indo para lá. 🙂
Transporte público: Metrô: U4 ou Tram linhas 10 e 60 ou ônibus linha 10A.
Horários, tempo de visitação e aquisição dos tickets
O Palácio está aberto todos os dias do ano inclusive nos feriados. O horário de visitação inicia às 8h da manhã e o término varia de acordo com a época do ano. Confira os horários aqui.
O tempo de visitação sugerido pelo site oficial é de aproximadamente 60 minutos para o Grand Tour e um pouco menos para o Imperial Tour. Nós ficamos 5 horas nas dependências do Schönbrunn entre a visita ao Palácio e aos jardins. No interior do Palácio ficamos em torno de uma hora, que é a previsão do site oficial.
Os ingressos podem ser adquiridos online ou no local no dia da visitação. No local existem máquinas que vendem ingressos e, para quem preferir, há o atendimento presencial. Escolhemos o atendimento presencial, que aliás não tinha fila significativa, creio que havia umas 10 pessoas na nossa frente, foi rápido.
Escolhemos o Sisi Ticket. Na opção de aquisição online não encontrei o bilhete para estudante, no presencial estudante com até 25 anos paga menos. A carteira de estudante internacional ISIC deve se apresentada na ocasião da compra do ticket.
O Sisi Ticket é um bilhete único para três atrações:
=> O Grand Tour do Palácio de Schönbrunn com áudio guia (tem em português).
=> O Hofburg incluindo o Museu Sisi, Imperial Apartments e Coleção Imperial de Prata com áudio guia.
=> Coleção de Móveis Imperiais.
O Sisi Ticket é válido por um ano a partir da data de emissão e é um “fura fila” para o Palácio de Schönbrunn. Veja as outras opções de ingressos aqui.
Terminado nosso passeio ao Schönbrunn, pegamos o metrô e fomos ao centro da cidade para ver a Catedral de São Estevão iluminada pelos raios de sol no final da tarde. Depois voltamos para nosso apartamento. Quer dica de como se hospedar barato em Viena? Clique aqui.
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Resumo das dicas
- Reserve um dia inteiro para o Palácio Schönbrunn.
- A visita aos jardins é gratuita,mas paga-se algumas atrações em separado.
- Vá com sapatos confortáveis, porque vai andar muito!
- Seguro Viagem é obrigatório para ir para a Europa, não esqueça disso.
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Veja o roteiro do 1º dia e conheça a Catedral de São Estevão.
Quem foi Maria Teresa da Áustria
Maria Teresa da Áustria nasceu em Viena em 13 de maio de 1717. Foi a primeira e única mulher a governar sobre os domínios habsbúrgicos e a última chefe da Casa de Habsburgo, que a partir de seu casamento passou a denominar-se Casa de Habsburgo-Lorena.
Foi soberana da Áustria, Hungria, Boêmia, Croácia, Mântua, Milão, Galícia e Lodomeria, Parma (hoje região Emília-Romanha na Itália) e Países Baixos Austríacos (hoje sua maior parte corresponde a Bélgica e a Luxemburgo) de 1740 até a sua morte. Pelo casamento, tornou-se duquesa da Lorena (noroeste da França), grã-duquesa da Toscana e imperatriz consorte do Sacro Império Romano-Germânico.
Casou-se com Francisco Estêvão de Lorena (futuro Imperador Romano-Germânico como Francisco I) e teve dezesseis filhos, entre eles as rainhas Maria Antonieta de França, Maria Carolina das Duas Sicílias, a duquesa Maria Amália de Parma e dois imperadores do Sacro Império Romano-Germânico: José II e Leopoldo II. O Leopoldo II era o avô da Maria Leopoldina de Áustria a primeira esposa do imperador D. Pedro I e Imperatriz Consorte do Império do Brasil. fonte: Wikipédia.
Referências
Palácio de Schönbrunn – Site Oficial
Palácio Schönbrunn – Wikipédia
Maria Teresa da Áustria – Wikipédia
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