Foi num fatídico 12 de janeiro que, durante um violento terremoto no Haiti, o teto da Igreja de Porto Principe desabou atingindo Dra Zilda Arns, que faleceu no local.
Ontem, 12 de janeiro, completou 10 anos de falecimento da Dra Zilda. A Pastoral da Criança organizou um evento na sua sede em Curitiba para homenagear a sua fundadora.
Tríduo em memória à Dra. Zilda
O evento aconteceu nos dias 10, 11 e 12 de janeiro de 2020, na sede do Museu da Vida, em Curitiba. Contou com diversas atividades e celebrações eucarísticas nos três dias culminado com a missa na Praça Sagrado Coração de Jesus, que fica em frente ao Cemitério do Água Verde.

No sábado, quando passei no local, eles trabalhavam freneticamente, montando a estrutura para o evento. Ruas foram fechadas, um grande palco foi montado e telões colocados estrategicamente para que todos os presentes pudessem assistir.
A missa na Praça Sagrado Coração de Jesus
Curitiba brindou os participantes com uma maravilhosa manhã de sol. Fui assistir a missa e havia um mundaréu de gente. Caminhando para chegar até o local da celebração, que acontecia ao ar livre, fui vendo ônibus e mais ônibus de todos os lugares do Brasil estacionados nas proximidades.

Vieram voluntários da pastoral de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Maranhão, Acre entre outros. A turma do Acre foi a primeira a chegar, foram 3.644 km, de ônibus, nesse Brasilsão de Deus!

As músicas cantadas pelo padre Reginaldo Manzotti me emocionavam e me faziam apertar o passo para chegar mais rápido. Fui chegando e vendo as delegações, com suas camisetas identificando cidades e estados brasileiros.

O local estava carregado de muita emoção. Se a Dra Zilda pudesse estar presente ela teria agradecido a cada um pelo carinho que lhe demonstravam.

Tentei fazer alguns vídeos, mas meu celular sempre briga comigo. Quando eu acho que estou gravando não estou e quando achei que não estava estava, ficou tudo horrível, então fico devendo os vídeos para vocês.

Depois de terminada a missa conversei com um grupo de senhoras do Rio de Janeiro, elas elogiaram a limpeza e organização da cidade e ficamos conversando sobre o longo processo de educação e de políticas públicas, das várias gestões da prefeitura, para que Curitiba conseguisse ser o que é hoje.

Demos boas risadas na nossa divergência em relação ao calor, enquanto elas estavam felizes com o verão ameno de Curitiba (no Rio a sensação térmica chegou a 54,8º neste final de semana) eu já derretia de tanto calor! 🙂

Sugeri a elas pegarem o ônibus turístico que passa nos principais pontos turísticos da cidade, mas elas já haviam feito o passeio, me contaram que fizeram uma ótima negociação com preço fechado com um taxista e como estavam em 4 pessoas, o preço ficou muito bom.
Aproveitei que o local estava bastante movimentado e fui conhecer o túmulo da Dra Zilda. Ela está sepultada no túmulo da família que fica no Cemitério Água Verde, ali onde a missa acontecia. O Cemitério Água Verde é enorme e o túmulo Dra Zilda é quase no final dele, tomando por referência a porta principal.

O Água Verde não é um cemitério ostentação, com túmulos maravilhosos ornamentados com espetaculares estátuas de mármore como acontece no Cemitério da Recoleta em Buenos Aires. É um cemitério simples, padrão normal, com poucas capelas e me chamou a atenção a quantidade de famílias de emigrantes, principalmente alemães, poloneses e ucranianos. Vi, também, alguns sobrenomes italianos e alguns de origem portuguesa.
Para chegar ao túmulo da Dra Zilda, o melhor é pedir informação aos fiscais do cemitério e foi o que fiz. Ele me disse para, a partir da entrada principal, seguir à esquerda e quando chegasse no muro, virar à direita e seguir em frente, que era quase no final do cemitério. Andei… uma enorme descida e depois um subidão e eu só pensando na volta com aquele sol do meio dia!
Foi fácil encontrar pela quantidade de gente que estava seguindo para lá, mas se não fosse um dia de peregrinação ao túmulo da Dra Zilda, não sei se eu encontraria.
O túmulo estava decorado com muitas flores e muitas pessoas tiravam fotos como homenagem à Dra Zilda. Encontrei o grupo que veio da Paraíba e começamos a conversar, contei que conheci João Pessoa e que achei a cidade linda, deu até vontade de ficar por lá e uma das senhoras me disse para conhecer Campina Grande, onde há a melhor festa de São João do Brasil. #FicaDica

Resolvi voltar para o portão principal, não pelo caminho que eu fui, mas pelo caminho principal, para conhecer um pouco mais do cemitério, nunca façam isso! As ruas internas do Cemitério Água Verde não são dispostas em quadras simétricas. Para quem conhece Curitiba, elas se parecem com as ruas do bairro Juvevê, tudo torto, uma loucura e não há rua principal, hahaha. Resultado: saí do outro lado, próximo de um portão que estava fechado e para não me perder novamente, segui próximo ao muro lateral para poder achar a saída. 😉 Não recomendo passear no Cemitério Água Verde se a pessoa estiver sozinha, não dá muita sensação de segurança.
A homenagem foi bonita! Espero que em 2021 a Pastoral faça uma nova homenagem.

Desejamos aos voluntários da Pastoral, uma excelente viagem de retorno para cidades e que levem um pouquinho de Curitiba em seus corações. No ano que vem, quando retornarem para o próximo evento, reservem um ou dois dias a mais para conhecer lugares lindos que temos próximos de Curitiba.
Lugares próximos de Curitiba para conhecer
Se você vier de ônibus para Curitiba, aproveite e conheça Vila Velha, é bem pertinho daqui. O Parque Estadual de Vila Velha foi criado em 1953 e é tombado ao Patrimônio Histórico e Artístico Estadual. Os arenitos de Vila Velha, com a ação das chuvas e dos ventos, formaram diversas esculturas nas pedras, show demais!

Outro passeio incrível que recomendo, é descer de trem até a cidade de Morretes e comer um barreado, prato típico do litoral do Paraná.

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Referências
Experiência pessoal
Pastoral da Criança