Vulcão Osorno, Lago de Todos os Santos, Saltos de Petrohué e muito mais…
1º dia da viagem
Nosso primeiro dia na região de Los Lagos começou em Puerto Montt e terminou em Puerto Varas, parte do dia foi consumido com procedimentos administrativos. Depois de um delicioso café da manhã no Hotel Don Luis, saímos andando a pé no centro de Puerto Montt, vimos a Catedral, tiramos algumas fotos, fizemos câmbio, pegamos o carro previamente reservado na locadora, comemos algumas empanadas para enganar o estômago e seguimos para Puerto Varas. Parece que não é nada, mas quando se viaja por conta própria, ninguém resolve isso pra gente, somos nós conosco mesmo.
O percurso entre as duas cidades é muito rápido e super tranquilo pela Ruta 5 (há pedágio), chegamos no meio da tarde com o tempo aberto, um sol maravilhoso e a esplêndida vista do Vulcão Osorno para nos receber.
Nos hospedamos no Hotel Cabaña del Lago, um super hotel na beira do lago Llanquihue que conseguimos encontrar naquelas “oferta do dia” do booking.com. Como viajamos de forma econômica, estávamos com uma reserva num local distante do centrinho mas quando vi a oferta, não pensei duas vezes em trocar, o preço do hotel era só um pouco mais caro daquele mais distante que havíamos reservado inicialmente. Após deixarmos nossas coisas no hotel fomos passear na beira do lago. Muito próximo do hotel fica essa interessante escultura de ferro.
Nessa época do ano o sol se põe em torno de 21h30, então tem muito dia para aproveitar. Passeamos no calçadão da beira do lago, que as pessoas usam como balneário, embora houvesse a placa de praia imprópria para banho. 🙁 A água do Lago Llanquihue é absurdamente transparente. Encontramos um simpático casal de chineses que através de mímica nos pediu para tirarmos uma foto deles. A situação era engraçada, mímica prara cá e mímica para lá, até que perguntei se eles não falavam inglês, Oh Yes! Aí o papo virou para o inglês, tiramos as fotos do casal e eles uma foto nossa, no dia seguinte descobri que estávamos hospedados no mesmo hotel, rss.
Ao final da tarde, a medida que o sol vai se pondo, começa a esfriar. Aproveitamos para fazer um aperitivo no hotel, curtindo a maravilhosa vista e mais tarde fomos jantar no El Barista.
2º dia – Subindo Osorno e passeando no Lago Todos los Santos
O segundo dia foi dedicado a subir o vulcão Osorno e a conhecer o Lago Todos los Santos. Como a regra nessa região é se o tempo estiver bom suba o Osorno e nosso 2º dia de viagem nos presenteou com um dia maravilhoso, então fomos para a região de Ensenada para subir o Osorno. Saímos de Puerto Varas em torno de 11h30 da manhã esperando que as nuvens que cobriam o vulcão se dissipassem. Em torno meio-dia as nuvens foram sumindo do vulcão e ele estava ali, enorme ocupando todo o espaço da paisagem. Fomos subindo de carro, parando no mirante e subindo mais um pouco até chegar na estação de apoio. Escrevi um post sobre o Osorno, para acessá-lo clique aqui.
Ficamos quase a tarde toda lá. Subimos o primeiro estágio com o teleférico (o segundo estava em manutenção) andamos até a cratera secundária (cratera roja), a vista lá de cima é deslumbrante! Os jovens foram a pé seguindo vulcão acima e brigando com os tábanos. Sim, há tábanos a 1.240 metros de altitude!
Em nossas viagens o mais maluco é o nosso horário de refeição. Nesse dia, tomamos o café da manhã no hotel em torno de 9 horas e fomos fazer um lanche/almoço, às 16 horas, na lanchonete Mirador, que fica no nível da estação base no Osorno. Como a região dos Lagos Andinos é muito turística, a gente consegue comer a qualquer hora, se não for um almoço normal, um sanduichão tá valendo. 😉
Depois do lanche/almoço, pegamos o carro e descemos a estrada, aproveitando que estávamos próximos, fomos conhecer o Lago Todos los Santos. Na verdade, a ideia inicial era conhecer os Saltos de Petrohué, mas como não identificamos a entrada fomos parar no lago. A vontade é de ficar horas apreciando a região e as águas azul turquesa do Lago Todos los Santos.
Voltando do passeio ao lago, passamos no Saltos de Petrohué, era tarde e a entrada já estava fechada, mas paramos para ver os horários e os infernais tábanos vieram para cima de nós. Eles adoraram meu marido, eu vestia roupas claras, mas ele estava com uma camisa jeans que os tábanos amaram. Nessa de espantar os bichos meu marido machucou um tendão da mão direita e não conseguiu mais dirigir, então, a partir do segundo dia de viagem, a motorista fui eu. Com um pouco de medo, pois nunca havia dirigido no exterior, lá fui eu de motorista até o final da viagem, não é por nada não, mas adorei, me senti o máximo! 😉
3º dia – 31 de dezembro, problemas de saúde, Frutillar e Réveillon
Nosso terceiro dia começou com uma visita ao médico. Como a dor na mão de meu marido não cessava, achamos melhor acionar o seguro viagem e procurar um médico. O seguro viagem dele foi feito com uma seguradora que tinha convênio com o cartão de crédito.
Fomos bem atendidos pela equipe de suporte do seguro, que nos encaminhou para uma clínica em Puerto Mont (estávamos hospedados em Puerto Varas), isso foi no dia 31 de dezembro, passagem do ano, réveillon e lá fomos nós de carro até Puerto Montt. Pelo mapa de Puerto Montt havia duas ruas com o mesmo nome e o GPS nos enviou para a rua errada, entramos na periferia da cidade, um local estranho com trânsito caótico, não era ali. Conhecemos a parte de Puerto Montt que turista não conhece. Depois achamos a clínica de pronto atendimento indicada.
Era aqui. 🙂
O médico foi muito atencioso, mandou tirar a tala caseira que havíamos colocado para imobilizar parte da mão e lá fomos nós de volta, eu de motorista e o maridão, agora sem tala, mas sem poder mexer a mão por causa da dor. Por que estou contando isso? Para te dar a dica: Faça Seguro Viagem SEMPRE!
Saímos da clínica em torno de 16 horas e resolvemos aproveitar o restante do dia para ir a Frutillar, conhecida como a cidade da música. Frutillar também fica na borda do Lago Llanquihue. Escrevi um post específico sobre Frutillar, para lê-lo clique aqui. Já passava das 18 horas quando deixamos a cidade, havia uma preocupação em achar algo para jantar, afinal era 31 de dezembro.
O jantar de 31 de dezembro
Quando saímos do Brasil eu havia conversado com meu marido que eu queria um jantar legal de Ano Novo, afinal a gente merece! Batalhamos e economizamos o ano todo, é justo nos darmos esse presente. Eu, muito animada, fui ver os preços para um jantar no restaurante do hotel. Quem me atendeu foi muito simpático, nos mostrou o cardápio, só que para a passagem de ano essa cardápio não valia, porque haveria um buffet especial, com champanhe à vontade, vinhos etc. Custo por pessoa? 100.000 pesos. Ops! Convertendo no câmbio da época ficava R$600,00 por pessoa, achei super caro e totalmente fora de nosso orçamento. Olhei mais uns dois lugares e os preços eram semelhantes, 95.000 pesos, sem chance! Minha ceia de ano novo se transformou numa pizza saboreada no quarto do hotel, ainda bem que os quartos têm uma vista linda!
Depois de nosso frustrado jantar, fomos ver o show de fogos e brindar com o espumante Undurraga que compramos no supermercado local. Mas, por que Undurraga? Amor à segunda vista rsss, conhecemos a vinícola numa viagem anterior e eu gostei dos vinhos que experimentamos na degustação.
4º dia – 1º de janeiro. Quase tudo fechado? Saltos de Petrohué aberto e grátis
O Chile tem em seu calendário alguns feriados que são irrenunciáveis (irrenunciable). Nos feriados irrenunciable praticamente tudo fecha e, dependendo do local, é difícil, inclusive, achar restaurante para almoçar. Dia 1º de janeiro é um desses feriados.
Sabíamos que não havia muito o que fazer, então tomamos café da manhã mais tarde e resolvemos arriscar irmos até os Saltos de Petrohué, porque eu havia lido na internet que na segunda-feira, dia 04 de janeiro ele seria fechado para a instalação da quinta passarela que havia sido danificada com a erupção do vulcão Calbuco. Pegamos o carro e voltamos para a região de Ensenada. Para nossa agradável surpresa, não só estava aberto como a visitação nesse dia era grátis! Logicamente cheio de tábanos e eles atrás de meu marido que estava com sua camisa jeans. Nessa altura da viagem, nosso terror com os tábanos era menor, apesar de estarmos ridicularmente agasalhados num dia super quente enquanto os chilenos andavam de bermuda e camiseta de manga só agitando varinha para espantar a bicharada.
Nesse dia não almoçamos, parece que almoço não se encaixa muito no nosso planejamento de viagem! Jantamos no mesmo local onde compramos a pizza no dia anterior, no Ristorante e Pizzeria Paréntesis, que fica bem no centrinho de Puerto Varas.
5º dia – Circulando em Puerto Varas e visitando o Museu Antonio Felmer
Dirigindo desde o 2º dia de viagem, eu já estava me sentindo toda poderosa como motorista. Já havia circulado entre as várias cidades da região, em trechos de estrada de pista dupla e outros de pista simples, mas todas com ótima pavimentação e bem sinalizadas. A história do médico retirar a tala da mão de meu marido não deu muito certo, a dor na lesão aumentou e tivemos que improvisar uma nova tala e voltar para a clínica. Assim, nosso 5º dia começou com uma ida até Puerto Montt para uma nova visita ao médico, só que dessa vez sem erro de GPS. Meu marido saiu da clínica novamente com tala e a mão enfaixada e assim ficou até o final da viagem. Voltamos para Puerto Varas e enquanto os jovens optaram por subir o Cerro Phillipi, nós dois fomos conhecer a Igreja que ainda não havíamos visitado.
A cidade não é plana. Quando se está hospedado na beira do lago, tudo bem, mas outras áreas tem algumas ruas mais íngremes, fomos de carro. A Igreja do Sagrado Coração de Jesus foi fundada em 1853 por colonos alemães e suíços que povoavam essa região do Chile. Assim como a de Frutillar, também é construída em madeira. Fizemos uma vista rápida porque estava para acontecer um casamento e não podíamos atrapalhar.
Depois da Igreja passamos em frente de algumas casas que fazem parte do patrimônio histórico da cidade e voltamos ao hotel para nos encontramos com os jovens. Ainda era cedo, em torno de 17h30 e resolvemos então conhecer o Museu Antonio Felmer que fica numa cidadezinha próxima, cerca de 10 km do centrinho de Puerto Varas.
Terminamos o dia saboreando um enorme prato de salmão no restaurante La Olla.
6º dia – Partiu Pucón
Chegou o dia do adeus! Após o café da manhã, fechamos a conta no hotel, abastecemos o carro e #partiuPucón. Foi com aperto no coração que deixamos essa cidade querida. Pucón fica a 320 km de Puerto Varas, pela Ruta 5, ± 3h45 de viagem. A Ruta 5 é a principal rodovia do Chile, é uma estrada com pista dupla, ótima pavimentação, cuja velocidade permitida varia entre 100 a 120 km/h, e lá fui eu de motorista toda poderosa. 😉
No retorno de Pucón, fizemos nosso último passeio no Chile, fomos conhecer as pinguineras da ilha de Chiloé.
#Dica: Observem no mapa abaixo, que os locais turísticos são relativamente distantes uns dos outros, embora haja transporte coletivo, alugar um automóvel na região é altamente interessante. Dirigir nessa região do Chile é fácil e as estradas são muito boas. Só pesquisem sobre as condições das estradas, caso sua viagem aconteça no inverno.
Por onde andamos no Chile, os posts dessa viagem
– Fui pro Chile
– Puerto Varas ou Puerto Montt, onde ficar?
– Lagos Andinos, a nossa viagem
– Subindo o Vulcão Osorno
– Lago Todos los Santos e Saltos de Petrohué
– Frutillar, a cidade da música
– Lagos Andinos, os hotéis
– Tábanos, bichinhos do djanho!
– As pinguineras de Chiloé
– Fuerte San Antonio e o Castillo San Miguel de Agüi
– Pucón no inverno ou no verão, sempre tem o que fazer
– Termas Geométricas, uma maravilha na região de Pucón
Foto de capa: Gabriel Araujo
#Lembre-se: Seguro de Viagem sempre!
Blogs e sites que me auxiliaram no planejamento da viagem
– ilovetrip.com.br
– chile.travel
– www.viaggiando.com.br
Links úteis
Feriados no Chile – www.feriados.cl
Reserva de hotéis booking.com
Seguro de viagem – Seguros Promo
Aluguel de automóvel – Rentcars
Cotação moeda: Cambio Afex – www.afex.cl
Aeroporto El Tepual – Puerto Montt – aeropuertoeltepual.cl
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Oi José Augusto, tudo bem? Essa viagem foi de 13 dias, incluindo os dias de deslocamento de ida e de volta, fomos em 4 pessoas adultas. Considerando os gastos totais: passagens, hospedagem, aluguel de automóvel, combustível, etc, gastamos 1.350 USD por pessoa, o que dá aproximadamente 96,50 USD por viajante/dia. Não participamos da festa da virada no hotel, como mencionei no post a festa custaria em torno de R$ 600,00 por pessoa e nem fizemos a escalada do vulcão Villarrica em Pucón. Essa região do Chile não é barata.
Espero ter ajudado, se tiver mais dúvidas volte a escrever.
Abs,
Poderia apresentar uma ideia de custo indo por conta propria.