Até aqui você já está se acostumando com a Tailândia, mas só pegando um ônibus em Bangkok que você vai saber como eles realmente se viram.
Quando você acha que você dominou todas as artes dessa terra maravilhosa, eis que aparece mais uma. De todos os transportes públicos e não públicos de Bangkok o ônibus é o menos preparado para turistas, ou melhor, nada preparado. Não tem uma placa em inglês, não tem sinalização de qual é o próximo ponto, o trânsito é caótico e se você não tiver o mapa aberto no celular, você nunca vai saber onde descer.
A não ser pelo fato de que tailandeses são as melhores pessoas e vão fazer de tudo pra te ajudar, principalmente falar pra você não pegar o ônibus. Quando tentávamos chegar naquele mercado longe pra caramba (o que levamos um golpe do tuk-tuk) perguntamos no hostel e o dono insistiu para não irmos de ônibus. Depois no ponto de ônibus perguntamos para duas jovens, falaram o mesmo. Quando pegamos um barco pra ir pra outro ponto porque insistiam que tínhamos que ir de BTS, achamos um guarda noturno que falou o mesmo. O resultado: nesse dia não pegamos o tal do ônibus e de quebra chegamos no mercado errado.

Então no dia seguinte, pra ir para o mercado de Chatuchak, resolvemos ir de ônibus. Chegamos no ponto e vimos as linhas: tudo em tailandês. Aí perguntamos para algumas pessoas no ponto e elas acharam graça que íamos pegar o ônibus, mas dessa vez não nos proibiram. Era muito difícil explicar para onde queríamos ir, pois mostrávamos os nomes em tailandês no mapa e as pessoas demoravam muito para ler e compreender. Não sei qual é a taxa e o nível de alfabetização do país, mas pensando bem eu também teria muita dificuldade em ler aquelas letrinhas cheias de curvas o tempo todo.

Entramos no ônibus e já fui perguntando quando era a estação do mercado Chatuchak e a mocinha da passagem disse que avisaria (a passagem é cobrada no mesmo sistema dos barcos, custa 7 bahts). Bom, você vai logo aprender que a comunicação na Tailândia é bastante interessante. Você fala em inglês, eles não entendem, você faz gestos, eles respondem em tailandês, você não entende, eles apontam e fazem gestos e todo mundo se resolve.
Quando isso não funciona, um dos dois puxa um celular e mostra imagens. Cheguei ao ponto de falar em português e ser respondida em tailandês e ter uma conversa muito interessante, usando apenas algumas palavras em inglês no meio. Em outros ônibus que pegamos (depois que pegamos o primeiro ficamos animadas e vivíamos dentro deles, que também são muito baratos) as mulheres dos ônibus nos ajudavam. Chegavam a nos guiar na rua pra nos deixar nos lugares certos. E percebemos que normalmente tinham mais mulheres que homens nos ônibus, e normalmente as mulheres se preocupam em te ajudar.

Então eu acho que Bangkok pode não ser tão segura quanto imaginávamos, pelo menos para duas meninas e à noite. Atravessávamos o parque para pegar o barco ou a ponte para ir para o outro lado no meio da noite e nem pensávamos que era um risco. Pegávamos transporte público sem medo, mas pela reação das outras pessoas e principalmente mulheres, acho que era. Na dúvida, dê uma olhada no preço do Uber ou no Grab e vá com eles se estiver em conta.
Confira todas as dicas dessa viagem:
– Bangkok –Meu primeiro pulo na Ásia
– Bangkok – Chegando sem traumas
– Bangkok – Onde ficar: hotel ou hostel?
– Bangkok – a cidade dos contrastes: o famoso BTS
– Bangkok – Barquinhos para todos os lados
– Bangkok – Como se virar com Taxis, Tuk-tuks e Uber
– O maior desafio da vida: Pegar um ônibus em Bangkok
– Bangkok – Dicas para pegar pacotes turísticos
e muito mais…
Os dados deste post são de 2016, os valores e regras podem ter mudado.
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